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FIIs: o que são, como funcionam e por que utilizar na estratégia de dividendos?

FIIs: o que são, como funcionam e por que utilizar na estratégia de dividendos?

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FIIs: o que são, como funcionam e por que utilizar na estratégia de dividendos?

Os motivos que levam uma pessoa a investir são diversos, mas é bastante comum que a ideia seja buscar renda passiva. Poder contar com um dinheiro extra sem fazer esforços parece ser o sonho de muitos, especialmente daqueles que pensam em viver exclusivamente de renda.

No mercado financeiro, existem diversos investimentos que podem atender a essa finalidade. Entre eles estão os fundos imobiliários (FIIs) que objetivam distribuir dividendos aos seus cotistas periodicamente. Você já conhece essa alternativa?

Caso ainda não os conheça ou queira ampliar sua compreensão sobre esse assunto, continue a leitura deste conteúdo. Nele, você aprenderá o que são os FIIs, seu funcionamento e como investir com foco na estratégia de renda passiva.

Acompanhe!

O que são FIIs?

A sigla FII significa fundo de investimento imobiliário. Trata-se de uma modalidade de investimento coletivo que reúne o capital de diferentes investidores com o objetivo de investir no mercado imobiliário.

Estruturalmente, os FIIs se assemelham aos condomínios. Isso porque há o gestor (síndico), que se encarrega de administrar o capital do fundo e os cotistas (condôminos) — responsáveis por pagar os encargos cobrados para usufruir do condomínio.

Ademais, um FII investe principalmente em alternativas ligadas ao setor imobiliário. Entre elas estão imóveis físicos, títulos imobiliários ou, ainda, cotas de outros fundos de investimento. Os resultados obtidos são divididos entre todos os cotistas do fundo.

Logo, investir em FIIs pode ser uma alternativa viável para quem está em busca de renda passiva. Além disso, essa é uma forma de se expor aos resultados do mercado imobiliário sem, necessariamente, possuir um imóvel.

Como funciona um FII?

Após conhecer o conceito de FII, é pertinente aprender como ele funciona. Assim como acontece com empresas que vão abrir seu capital na bolsa de valores brasileira (B3), o FII também precisa passar por um IPO (initial public offering) ou oferta pública inicial.

Nessa oportunidade, os interessados compram as primeiras cotas emitidas pelo fundo, por meio do mercado primário. Encerrada a oferta pública inicial, elas passam a ser negociadas no mercado secundário — entre aqueles que as compraram e os demais interessados.

O valor arrecadado pelo fundo no IPO forma o seu patrimônio. Esse montante fica à disposição do gestor do fundo. Ele montará a carteira do FII de acordo com as propostas e objetivos que pautaram a sua criação.

Nesse sentido, os fundos imobiliários podem ser divididos entre três principais tipos, a saber:

  • fundos de tijolo: esse tipo de fundo compra, vende e aluga imóveis físicos — como prédios comerciais, galpões logísticos, shopping centers, hospitais entre outros;

  • fundos de papel: nessa modalidade, o gestor adquire títulos imobiliários, como a LCI (letra de crédito imobiliário) e o CRI (certificado de recebíveis imobiliários);

  • fundos de fundos: também chamados de FOFs, esses são fundos que investem em cotas de outros FIIs.

Independente da modalidade escolhida, por lei, todos os FIIs são obrigados a distribuir, no mínimo, 95% de seus rendimentos a cada semestre. No entanto, existem fundos que se programam para fazer esse repasse mensal.

Por que utilizá-los na estratégia de dividendos?

Conhecendo o funcionamento dos FIIs, você pode estar se perguntando por que utilizá-los em sua estratégia de dividendos — ou seja, com foco no recebimento de renda passiva. Quando o assunto são proventos, é comum pensar no investimento em ações. Afinal, muitas companhias listadas em bolsa fazem essa distribuição.

Contudo, é preciso ter em mente que as empresas costumam não ser criadas com essa finalidade específica. Na realidade, uma organização pode optar por reinvestir seus lucros e, assim, não fazer a distribuição de dividendos. Ademais, elas são livres para estipular o percentual e frequência de pagamento dos dividendos.

Por outro lado, os fundos são obrigados a fazer essa distribuição seguindo, pelo menos, o montante e frequência previstos na lei. Assim, eles tendem a se adequar às estratégias de quem investe buscando renda passiva.

Outra vantagem é o potencial de diversificação proporcionado por esses fundos. Embora existam FIIs que tenham em carteira apenas um imóvel, grande parte deles conta com portfólios bastante diversificados.

Assim, o nível de proteção de sua carteira pode ser ampliado, enquanto as chances ficar longos períodos sem receber dividendos se tornam menores. Entretanto, é válido lembrar que os FIIs integram a classe da renda variável e, portanto, não há garantias em relação ao retorno.

Também conta como vantagem o fato de os FIIs contarem com uma gestão profissional. Esse cargo somente pode ser exercido por quem tem certificação para atuar no mercado. Portanto, as escolhas dos investimentos serão feitas por alguém com ampla expertise.

Além disso, essa pode ser uma solução àqueles que desejam se expor ao setor imobiliário, mas não têm capital suficiente para adquirir imóveis. Afinal, o preço de uma cota de FII costuma ser bastante inferior ao que seria gasto para adquirir um bem ou alocar em todos os ativos presentes no portfólio do fundo.

Como investir em FIIs?

Agora que você chegou até aqui, pode ser interessante descobrir como investir em fundos imobiliários. Afinal, essa alternativa pode estar alinhada às suas necessidades, especialmente se o seu plano for investir com foco em dividendos.

Para tomar uma decisão mais acertada, primeiro, descubra qual é o seu perfil de investidor e trace os objetivos que você quer atingir com esse tipo de investimento.

O perfil de investidor indicará o seu nível de abertura aos riscos. Dessa forma, será possível concluir se essa é uma alternativa apropriada para você. Em relação aos objetivos, tê-los previamente traçados facilita a escolha dos FIIs que podem ajudá-lo a alcançar os resultados desejados.

Na sequência, você precisará abrir conta em um banco de investimento de sua preferência. Essas instituições atuam como intermediárias obrigatórias das negociações de cotas de FIIs. Além disso, elas fornecem uma das ferramentas de acesso à bolsa de valores — o home broker.

Nessa plataforma, é necessário digitar o ticker (código de negociação) do FII que você deseja adquirir as cotas. Depois, digite a quantidade de cotas e o valor que pretende pagar. Por fim, basta lançar a ordem de compra e aguardar a sua execução.

Por fim, a liquidação acontece dentro de poucos dias, sendo debitada a quantia financeira de sua conta e incluída as cotas no seu portfólio.

Viu como é possível investir em FIIs com o objetivo de receber dividendos? Contudo, é preciso ter em mente que a decisão de incluir essa alternativa na carteira é pessoal e somente pode ser tomada por você. Então não deixe de avaliar o seu perfil de investidor e objetivos para acertar nas escolhas para o seu portfólio.

Gostou do conteúdo? Aproveite para continuar o seu aprendizado e veja o que é dividend yield e por que esse indicador é importante!

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