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Renda fixa e renda variável: entenda as diferenças e principais características 

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O mercado financeiro é dividido entre duas classes principais: renda fixa e renda variável. Cada uma delas apresenta condições específicas de funcionamento e podem oferecer resultados diferentes para o seu dinheiro.

Por isso, antes de montar a sua carteira, é importante entender quais são as diferenças entre cada classe de investimentos. Dessa maneira, você poderá selecionar o que faz mais sentido para as suas necessidades.

Quer aprender sobre renda fixa e renda variável? Continue a leitura e saiba mais!

O que é renda fixa e renda variável?

A renda fixa é uma classe de investimentos composta por alternativas cuja lógica de remuneração é previamente conhecida pelo investidor. Com isso, você pode estimar o quanto receberá se levar a aplicação até o vencimento ou, ao menos, saber qual será a lógica de cálculo. 

Já a renda variável é composta por investimentos que não oferecem garantia ou previsibilidade quanto ao retorno. Logo, não há como saber se você terá lucro ou mesmo se será possível recuperar o montante investido, por exemplo.

Renda fixa x renda variável: qual a diferença entre elas?

Além de conhecer os conceitos relacionados à renda fixa e à renda variável, é essencial compreender quais são as principais diferenças entre elas. Assim, você poderá definir se faz mais sentido recorrer a uma classe ou a outra.

A seguir, veja quais são as principais distinções entre esses investimentos!

Rentabilidade

Como você viu, a rentabilidade é uma das principais diferenças entre renda fixa e renda variável. Isso acontece pela forma como cada investimento funciona.

No caso da renda fixa, as aplicações funcionam como empréstimos. Ou seja, o investidor disponibiliza os recursos em troca de um retorno com regras definidas previamente. Entre os tipos de rentabilidade estão:

  • prefixado: depende de uma taxa fixa, como um título que rende 10% ao ano;
  • pós-fixado: acompanha o desempenho ou parte da performance de um indicador de referência, como a Selic ou o Certificado de Depósito Interbancário (CDI);
  • híbrido: rende segundo uma taxa fixa mais a variação de um indicador, como o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Na renda variável, uma forma de obter o retorno é pelo ganho de capital. Isso acontece quando você vende um ativo por um preço médio maior que a cotação média de compra, gerando lucro.

Também é possível receber proventos, que são benefícios distribuídos aos investidores — como os dividendos. Eles são proporcionais à participação de cada investidor.

Risco

Os tipos de risco e o nível de segurança também diferem entre as classes. Na renda fixa, o principal elemento a ser observado é o risco de crédito. Ele consiste na possibilidade de o emissor de um título não fazer o pagamento conforme o acordado.

Porém, diversas aplicações financeiras têm garantias, como a proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC). Essa entidade ressarce os investidores dos títulos cobertos em até R$ 250 mil por CPF ou CNPJ e instituição financeira em caso de falência. O limite global é de R$ 1 milhão e é renovável a cada 4 anos.

Na renda variável, o principal risco costuma ser o de mercado. Afinal, o preço dos ativos depende do comportamento dos demais investidores. Se a força vendedora for maior, os preços tendem a cair. Se a força compradora for mais intensa, a cotação tende a subir.

Ademais, há diferenças na relação entre risco e retorno. No caso da renda fixa, a segurança geral é maior, então a rentabilidade é limitada. Enquanto isso, a renda variável tem maior potencial de retorno, mas riscos mais elevados.

Prazo

Quanto ao prazo, os títulos de renda fixa tendem a apresentar um vencimento. Nessa data, é possível resgatar o dinheiro investido mais o rendimento obtido ao longo do período. Ademais, em alguns casos, é possível fazer o resgate antecipado.

Já na renda variável, os investimentos não apresentam prazos de vencimento. Logo, você pode manter os ativos pelo período que desejar, enquanto ele estiver disponível no mercado.

Liquidez

A liquidez é a facilidade com a qual um investimento pode ser convertido em dinheiro. Na renda fixa, existem investimentos com liquidez diária, ou seja, que são resgatáveis a qualquer momento, garantindo o recebimento dos valores em até um dia útil. 

Outros, porém, são menos líquidos. Em geral, se não for possível resgatar o título antes do vencimento, é possível negociar a aplicação no mercado secundário. 

Já na renda variável, a liquidez costuma depender do interesse dos participantes e do volume de negociação. Quanto maior for a procura por um ativo, mais líquido ele é. 

Por fim, no caso dos fundos de investimento negociados em plataforma, as regras de liquidez variam conforme o veículo financeiro — tanto na renda fixa quanto na variável. 

Quais são os principais investimentos de renda fixa e de renda variável?

Até aqui, você entendeu como funcionam a renda fixa e a renda variável. Agora, é interessante conhecer quais são as principais alternativas disponíveis.

Na renda fixa, destacam-se:

  • títulos públicos do Tesouro Direto;
  • certificados de depósito bancário (CDBs);
  • letras de crédito imobiliário (LCIs);
  • letras de crédito do agronegócio (LCAs);
  • letras hipotecárias (LHs);
  • letras financeiras (LFs);
  • letras de câmbio (LCs);
  • certificados de recebíveis imobiliários (CRIs);
  • certificados de recebíveis do agronegócio (CRAs);
  • certificados de recebíveis (CR);
  • debêntures;
  • fundos de investimento de renda fixa.

Já no caso da renda variável, é possível citar investimentos como:

  • ações;
  • fundos de ações;
  • fundos de investimentos imobiliários (FIIs);
  • fundos de índice (ETFs);
  • fundos cambiais;
  • fundos internacionais;
  • fundos multimercados;
  • certificados de depósito de valores mobiliários (BDRs).

Como escolher entre renda fixa e renda variável?

Até aqui, você viu como a renda fixa e renda variável se diferenciam e quais são os principais tipos de investimento de cada classe. Para escolher entre as alternativas, é preciso considerar três critérios importantes: seu perfil de investidor, seus objetivos financeiros e a estratégia.

O perfil indica o seu nível de tolerância ao risco e pode ser conservador, moderado ou arrojado. Já os objetivos financeiros estão relacionados ao que você deseja obter ao investir e em quanto tempo.

Considerando o período de investimento, os objetivos podem ser de:

  • curto prazo: com vencimento até 1 ano;
  • médio prazo: com vencimento entre 1 e 5 anos;
  • longo prazo: com vencimento superior a 5 anos.

Em geral, prazos maiores diminuem a exposição à volatilidade e ajudam a diluir os riscos. Nesse caso, pode ser interessante investir em renda variável, se o seu perfil estiver alinhado a essa classe. 

Também é essencial avaliar sua estratégia, considerando que não é preciso escolher uma classe em detrimento da outra. Afinal, a diversificação da carteira é uma prática importante para aumentar as chances de sucesso ao fazer os investimentos.

Neste artigo, você descobriu o que são a renda fixa e a renda variável e quais são as principais diferenças entre elas. Ao escolher os investimentos, não se esqueça de considerar as suas características e a sua estratégia para compor a sua carteira da melhor forma.

Para conhecer mais sobre os investimentos de ambas as classes, continue acompanhando o blog do Kinvo!

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