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Tudo o que você precisa saber para investir em ETFs

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Hoje, existem muitos produtos financeiros disponíveis no mercado para ajudar (ou às vezes até atrapalhar) a vida dos investidores. Alguns são mais complexos, fato que acaba destinando-os apenas a investidores mais dedicados e profissionais. Por outro lado, outros são mais simples e de fácil entendimento, e os ETFs se encaixam nessa categoria.

Os ETFs (Exchange Traded Funds) são algumas das formas mais populares de investimento no mundo hoje em dia. Eles são fundos de investimento negociados na bolsa, que permitem aos investidores terem acesso a um portfólio diversificado de ativos financeiros de forma simples e eficiente, com baixa taxa de administração e facilidade de negociação e liquidez. Os ETFs têm atraído cada vez mais investidores no Brasil e no mundo.

Neste artigo, vamos explorar o que são os ETFs, como eles funcionam e como investir neles. Se você está em busca de uma forma simples de diversificar sua carteira de investimentos e investir em diferentes classes de ativos de forma fácil e eficiente, continue a leitura.

O que são ETFs?

Os ETFs (Exchange Traded Funds) são fundos de investimento negociados na bolsa de valores que permitem aos investidores terem acesso a um portfólio diversificado de ativos financeiros, como ações, títulos de renda fixa, commodities e moedas, por exemplo.

Eles são negociados em tempo real, como se fossem ações, e podem ser comprados e vendidos a qualquer momento durante o horário de funcionamento da bolsa. Dessa maneira, reduzem bastante o processo burocrático que pode ocorrer ao se investir em fundos tradicionais.

Os primeiros ETFs surgiram nos Estados Unidos na década de 1990, com o lançamento de dois fundos que buscavam replicar o desempenho de dois índices de ações de Wall Street. Desde então, os ETFs se tornaram um dos produtos financeiros mais populares do mundo, com milhares de fundos listados ao redor do planeta.

Como funcionam os ETFs e quais as suas vantagens?

Os ETFs são criados por gestores de investimento que montam um portfólio com uma determinada estratégia de investimento, que geralmente segue algum índice de mercado. O gestor compra os ativos financeiros que compõem o ETF e emite cotas do fundo que são negociadas na bolsa de valores.

Ao investir em um ETF, o investidor adquire uma pequena fração da carteira de ativos financeiros do fundo, que é administrada pelo gestor. Isso permite que o investidor tenha acesso a um portfólio diversificado de ativos financeiros com um único investimento, sem precisar comprar cada ativo individualmente, sendo uma grande vantagem para pequenos investidores, pois eles conseguem montar uma carteira diversificada, sem a necessidade de grandes aportes de dinheiro.

Além disso, como as cotas do ETF são negociadas na bolsa de valores, o investidor pode comprá-las e vendê-las a qualquer momento durante o horário de negociação do mercado.

Outra característica importante dos ETFs é a sua baixa taxa de administração, que é cobrada pelo gestor para cobrir os custos de administração do fundo. Por serem fundos passivos, ou seja, que seguem um índice de mercado, os ETFs não requerem uma grande equipe de gestores para escolher e negociar os ativos financeiros, o que torna a taxa de administração mais baixa do que a de outros tipos de fundos de investimento.

Diferenças entre ETFs e fundos de investimento 

Os ETFs e os fundos de investimento tradicionais compartilham algumas semelhanças, mas também têm diferenças significativas.

Como já foi explicado, um ETF é um fundo de investimento que é negociado em bolsa, como uma ação, e possui uma cesta diversificada de ativos subjacentes, como ações, títulos e commodities.

Geralmente os ETFs têm custos mais baixos do que os fundos de investimento tradicionais e são negociados em bolsas de valores ao longo do dia, permitindo aos investidores comprar e vender suas cotas mais facilmente.

Por outro lado, um fundo de investimento é uma espécie de “condomínio” de investidores individuais, que é gerenciado por uma empresa de gestão profissional. Essa empresa reúne os recursos dos investidores e os aplicam no mercado financeiro e de capitais.

Esses fundos geralmente possuem uma estrutura mais complexa e podem investir em uma grande variedade de ativos, como ações, títulos de renda fixa e variável, imóveis, commodities etc.

Muitos destes fundos também tendem a ter custos mais altos e a liquidez pode variar bastante conforme o segmento do fundo. No entanto, os fundos de investimento tradicionais oferecem uma grande variedade de opções de investimento e podem ser mais adequados para investidores que desejam uma abordagem de investimento menos passiva.

Diferenças entre ETFs e ações individuais

Já quando comparamos um ETF com ações, a principal diferença é que os ETFs são fundos diversificados que contêm um conjunto de ativos, enquanto a compra de ações se refere a investir em uma única empresa.

Ao investir em uma ação individual, o investidor está assumindo o risco que aquela empresa específica apresenta. Por outro lado, ao investir em um ETF específico de ações, o investidor possui uma cesta diversificada, o que ajuda a reduzir o risco de concentrar todo o investimento em um único ativo.

Outra vantagem dos ETFs é que eles podem oferecer uma exposição a mercados e setores específicos, sem a necessidade de pesquisar e selecionar cada ação individualmente. Eles também tendem a ter custos mais baixos do que investir em várias ações individuais e permitem aos investidores a possibilidade de diversificação num único fundo.

No entanto, assim como qualquer ativo de renda variável, os ETFs também possuem riscos, principalmente em momentos ruins para o mercado de renda variável e para alguns setores específicos.

Além disso, a compra de ações individuais pode permitir que os investidores mais experientes escolham exatamente as empresas que preferem, seja pelo potencial de crescimento, seja pela geração de dividendos, algo que pode não ser possível com a compra dos ETFs.

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Como investir nos principais ETFs do mercado brasileiro?

No mercado brasileiro, existem vários ETFs disponíveis que oferecem aos investidores uma ampla variedade de opções de investimento. Aqui estão alguns dos principais ETFs do país:

  • BOVA11 — iShares Ibovespa Fundo de Índice: este ETF é baseado no índice Ibovespa, que é composto pelas ações das empresas mais negociadas na bolsa de valores de São Paulo (B3). É um dos ETFs mais antigos e mais negociados no mercado brasileiro.

 

  • PIBB11 — It Now Índice Brasil: este ETF segue o desempenho do índice IBr-X 50, as 50 empresas com mais negociabilidade e representatividade da bolsa.

 

  • IVVB11 — iShares S&P 500 Fundo de Índice: este ETF é baseado no índice S&P 500, que é composto pelas 500 maiores empresas americanas negociadas na bolsa de Nova York (NYSE) e na NASDAQ. É uma maneira de investir indiretamente no mercado de ações dos Estados Unidos, sem precisar abrir conta numa corretora no exterior.

 

  • SMAL11 — iShares Índice Small Cap: este ETF é baseado no índice de small caps (empresas de pequeno porte) da B3, que inclui empresas com menor capitalização de mercado, mas com bom potencial de crescimento.

 

  • DIVO11 — iShares S&P Dividendos Brasil Fundo de Investimento em Cotas de Fundo de Índice: este é um ETF que acompanha o desempenho das empresas brasileiras que pagam dividendos consistentemente. Mas fica uma ressalva: este ETF não paga dividendos aos seus cotistas. 

Para investir em ETFs no mercado brasileiro, é necessário ter uma conta em uma corretora de valores mobiliários. As corretoras costumam oferecer uma plataforma de negociação on-line, onde o investidor pode escolher o ETF que deseja investir e comprar as cotas do fundo como faria com uma ação. O investidor também deve estar ciente dos custos envolvidos na negociação de ETFs, incluindo as taxas de corretagem, custódia e administração do fundo.

Mas afinal, vale a pena investir em ETFs?

Infelizmente, para o investidor brasileiro, nenhum ETF pagava dividendos no Brasil, nem mesmo o DIVO11. Todos os dividendos recebidos pelos fundos eram reaplicados, respeitando a proporção dos índices que eles seguem. Isso gerou muita reclamação dos investidores, já que uma boa parte de ETFs estrangeiros pagam os dividendos aos seus cotistas.

Mas essa realidade está mudando. No fim de janeiro deste ano, a bolsa liberou a listagem de ETFs que pagam proventos aos seus cotistas. E o primeiro ETF que propõe pagar dividendos aos investidores teve registro solicitado na B3 no início do mês de março de 2023.

O fundo deverá ser o da gestora Wise Capital e vai replicar o índice S&P Global REIT, que reúne uma cesta de 417 “fundos imobiliários” americanos, os chamados REITs. Será a primeira oportunidade para o brasileiro receber dividendos de um ETF negociado na B3. 

E qual é o rendimento de um ETF?

Quanto ao rendimento dos ETFs, eles podem variar bastante, dependendo do desempenho do mercado e dos ativos que compõem o fundo. Geralmente, o rendimento de um ETF é influenciado pelo desempenho do índice de referência que o fundo segue. Ou seja, se o índice apresentar uma valorização, o ETF deve apresentar um desempenho positivo. Se o índice apresentar uma desvalorização, o ETF provavelmente apresentará um desempenho negativo.

Vale lembrar que a rentabilidade passada não é garantia de rentabilidade futura e que, como falei anteriormente, os investimentos em ETFs estão sujeitos a riscos de mercado, como oscilações de preços, variações cambiais, riscos políticos, entre outros.

Além disso, o rendimento de um ETF pode ser influenciado pela forma como o investidor decide investir no fundo, como o momento de compra e venda das cotas do ETF, a estratégia de investimento adotada e os custos envolvidos na negociação do fundo, como taxas de corretagem, custódia e administração.

Por isso, é importante avaliar as características do ETF, seu histórico de desempenho e as perspectivas para o mercado e os ativos que compõem o fundo antes de decidir investir. Também é importante ressaltar, que os ETFs não são projetados para oferecer retornos garantidos ou específicos, e os rendimentos podem variar ao longo do tempo.

Quer saber mais sobre como diversificar sua carteira de investimentos com ETFs? Leia esse artigo.

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